O deus que duvida
Em alturas celestes,
Onde o poder se esconde,
Um deus contempla o cosmos,
E sua grandeza responde.
Mas no fundo de seu ser,
Uma sombra persiste,
A dúvida sussurra,
E o orgulho resiste.
Na vida de banalidade
Uma angústia oculta,
O peso da divindade,
Sua própria culpa.
Na reflexão profunda,
Onde a dúvida germina,
O deus se questiona,
E sua essência ilumina.
Se sua força é verdade ou ilusão,
Uma grandeza real ou mera construção,
Mas da indignidade nasce a jornada,
Da certeza só uma alma desgovernada.
Ao confrontar suas fraquezas escondidas,
O deus se torna justo, mais digno de vidas,
Na humildade de sua dúvida, uma nova visão,
Surge um poder mais puro, a verdadeira missão.
Em seu trono elevado agora há clareza,
Seu domínio é firme, mas cheio de leveza,
Pois a verdadeira dignidade, ele descobre enfim,
É a luz que brilha não só nele, mas em todo o jardim.
L. G. Unger
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