Jardim da Tormenta



Para o sul eu vou em direção aos ventos

Mas é no norte que repousa o meu coração

Cujo frio esquenta os meus lamentos

Enquanto aqui a fúria é minha provação.

 

Mas se não posso galgar até lá

Trá-lo-ei a mim.


A minha mente viaja por este orbe bonito

E até pelo próprio tapete do infinito

Por isso ela me diz que no norte há um jardim

Há milênios frequentado por um anjo serafim

E se no sul é fúria que sinto e me faz mal

Que seja com a beleza desse quintal

Acolhendo-me em forma de ritual.

 

Assim, é o Jardim da Tormenta que me abriga

E enquanto os ventos do sul dilatam a minha pupila

Tenho na calmaria tempestuosa do norte minha amiga.


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