A Saga do Carpinteiro



Enquanto passeava pelo jardim da alma 
Algo me veio à mente; 
Permita-me contar uma história. 

Nos tempos de glória 
Durante o auge do Carpinteiro 
As suas palavras eram como flores. 

Então, presas em um cativeiro 
Ocasionariam incontáveis dores 
E o que precisava ser amor 
Tornar-se-ia amargo. 

Trataram-nas com tamanho ardor 
Que o significado nos pareceu vago
Confundiu-se construtor com inquilino
Como se fosse de algum valor todo esse martírio.

Pobrezinhos, esses pobres de alma
Inundaram tanto a terra
Ao faltar-lhes a calma
Que condenaram a lavoura.

Mas antes de apagar a vela
Deixe-me acrescentar 
Não existe ascensão sem queda 
Pretérita ou porvindoura.

Por Lucas Giesteira

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